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Caetano & Bethânia fazem o penúltimo show da turnê histórica no Rio de Janeiro

Com puxão de orelha no palco, e gritos de “sem anistia” vindos do público, o sentimento já é de saudades

Foto: © Daniela Barros / Live Images

Rio de Janeiro, 15/03/2025 – Farmasi ArenaCaetano Veloso e Maria Bethânia possuem uma trajetória extraordinária e inspiradora ao longo de suas carreiras. Começa a ser difícil imaginar que, a qualquer momento, não os veremos mais nos palcos. Atravessando gerações, suas canções fazem parte da rica história da música brasileira, e era de se esperar um espetáculo mágico e encantador. E, de fato, foi! Os irmãos compartilham uma sincronicidade no palco que poucos artistas conseguem ter. Quando se olham, é como se o tempo parasse, criando um momento especial. 

Fotos: © Daniela Barros / Live Images

Caetano e Bethânia subiram ao palco juntos, acompanhados pela canção “Alegria, Alegria”, composta por Caetano em 1967, que marcou o início de um dos movimentos mais revolucionários da música brasileira, a Tropicália. Assim, deu-se início a uma sequência de músicas dos irmãos mais talentosos do Brasil.

O show foi dividido em quatro partes: os irmãos se apresentaram juntos, seguidos por uma performance solo de Caetano, depois foi a vez de Bethânia brilhar sozinha, e, por fim, o retorno dos dois para encerrar a apresentação.

Sucessos como Gente (2018), Oração do Tempo (1979), Cajuína (1979), Baby (1969), Vaca Profana (1984), Motriz (1983), Um índio (1976), Tropicália (1968), Você não me ensinou a te esquecer (1978), Não identificado (1969), Tudo de Novo (1970), Você é Linda (2012), Odara (1977), O leãozinho (1977), Explode Coração (1978), As canções que você fez pra mim (1993) e muitos outros clássicos icônicos na trajetória dessas duas lendas da música popular brasileira.

A noite também foi repleta de homenagens, incluindo a inesquecível Gal Costa. Gilberto Gil com a canção “Filhos de Gandhi”. Ao interpretar a música sozinho, Caetano destacou a importância de regravar essa obra que fez tanto sucesso em sua voz e expressou sua gratidão ao compositor Peninha. Ele também mencionou o pastor Kleber Lucas e cantou a canção que gravaram juntos, intitulada “Deus cuida de mim”.

 Não podemos deixar de mencionar um episódio curioso que aconteceu em um show desse nível. Durante uma apresentação solo da cantora Maria Bethânia, o microfone parou de funcionar, e houve problemas com o retorno e microfonia, o que deixou a artista, compreensivelmente, visivelmente incomodada. Para nós, Maria Bethânia é simplesmente perfeita.

Por fim, esse show foi uma experiência intensa, emocionante e uma celebração de liberdade que ficará marcada na memória.

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