Festival Turá e a diversidade da música brasileira
O festival em sua primeira edição teve participações de Emicida, BaianaSystem, Duda Beat, Nando Reis, Alceu Valença, Mart’nália e muito mais
Foto: © Ale Frata/Live Images/Código19
São Paulo, 02 e 03/07/2022 – Auditório Ibirapuera – A primeira edição do Festival Turá levou milhares de pessoas ao Parque Ibirapuera, nas tardes ensolaradas de sábado e domingo, no primeiro final de semana de julho. O festival contou em seu lineup apenas com artistas nacionais, que trouxeram os mais variados estilos musicais e garantiram a diversão do público presente. Além dos músicos, DJs faziam a ponte entre um show e outro, enquanto os palcos eram montados. Um evento muito bacana, apesar de alguns ativistas criticarem um evento pago, dentro de um espaço público, agora privatizado. Vale lembrar, que por trás de tudo isso, inúmeros trabalhadores, produtores e artistas que estiveram em situação complicada durante o início da pandemia em 2020 estavam de volta, trabalhando e retomando o tempo perdido.
Alguns artistas já confirmados, por problemas de saúde, acabaram substituídos, como foi o caso de Zeca Pagodinho, que testou positivo para Covid 19 e deu lugar ao genial Paulinho da Viola e Mahmundi, que foi substituída por Larissa Luz por conta de uma faringite, conforme divulgado pela assessoria do festival.
O lineup do sábado fechou com o rapper Emicida, fazendo um show emocionante, com diversas homenagens a artistas que o influenciaram, como Belchior e Wilson das Neves. Emicida, não deixou de observar, ao ouvir gritos vindos do público em coro de “Olê, olê, olá! Lula, Lula!”, e comentou: “Espero que ele escute”. Na mesma tarde, se apresentaram Paulinho da Viola, Duda Beat, Lagum, Xamã, Roberta Sá e Larissa Luz, além de diversos DJs.
No domingo, o festival abriu com a dupla Baby, seguido por Luísa e os Alquimistas, Mart’nália, Alceu Valença, Baco Exu do Blues, convidando Marina Sena e Illy, Nando Reis convidando Jão e abrindo uma pequena participação para a banda Colomy do filho Sebastião Reis, que está acompanhando a turnê do pai, junto com o baterista Eduardo Schuler, e para encerrar o festival, BaianaSystem fez um show espetacular, com interação constante do público, que em determinado momento, estavam em sua grande maioria vestidos com as já tradicionais máscaras da banda.
Não faltaram protestos contra o atual governo, tanto no palco como no público. Também não é por menos, afinal quem gosta e vive de cultura, não tem como compactuar com o descaso que vem acontecendo com este setor nos últimos anos (não só a este setor, por sinal). Muitos manifestantes também se posicionaram favoráveis ao ex-presidente, candidato ao cargo em 2022, como constatamos nas toalhas, bandeiras e bonés, além do “L”, símbolo da campanha, feito com as mãos constantemente.
O clima do festival estava ótimo, em nenhum momento vimos qualquer tipo de brigas, agressões ou discussão. O Festival Turá, promovido pela T4F, veio na mesma vibe do Lollapalooza, nquele esquema de paz, amor e liberdade. E esperamos que tenha vindo pra ficar.
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