KNOTFEST leva público de 45 mil para o Sambódromo do Anhembi
O evento que teve a banda Slipknot como headliner, apresentou lendas como Rob Halford, Mike Patton e Zakk Wylde
Foto: © Ale Frata/Live Images/Código 19
São Paulo, 18/12/2022 – Sambódromo do Anhembi – No último domingo, simultâneo ao final da Copa do Mundo do Catar, acontecia a abertura da primeira edição brasileira do KNOTFEST, tradicional festival estadunidense, que em 2022 completou 10 anos. Quem esteve por lá neste horário, disse que a partida entre França e Argentina foi destaque nos telões do festival.
O KNOTFEST iria acontecer inicialmente em dezembro de 2021, mas por conta da pandemia, foi adiado para dezembro de 2022, e mesmo assim teve algumas baixas, como o baixista do Pantera, Rex Brown que pegou Covid e foi substituído por Derek Engemann e a banda Motionless in White, que na semana anterior ao festival, anunciou o cancelamento por conta de uma doença grave de um dos integrantes e foi substituída pelos brasileiros do Black Pantera.
Foram 12 bandas, divididas em 2 palcos, que se alternavam. Os shows iniciaram pontualmente, conforme o informativo nas redes sociais do festival, mas de alguma forma isso gerou muita reclamação do público, primeiro porque muitas pessoas estavam na imensa fila, e mesmo chegando cedo ao local, perderam as primeiras bandas. Segundo relatos, as 45 mil pessoas entraram por uma única entrada, o que obviamente retardou o acesso, principalmente no início do festival, e segundo, porque a distância entre um palco e outro era muito grande (aproximadamente 500 metros), então quem assistia um show até o final, provavelmente não conseguiria assistir a abertura do próximo show, que vinha logo na sequência. Este formato de festival muito espalhado aconteceu recentemente no Primavera Sound, que foi no mesmo local, porém com um espaço muito maior, o que também gerou certo desgaste, inclusive porque naquele caso, um dos palcos ficava montado atrás de algumas árvores (quem fez o projeto devia estar com alguma dificuldade). Outro problema apontado pelo público foi a chegada e entrada no Sambódromo. Transporte público como metrô, por exemplo, fica a uma boa caminhada de lá, algo em torno de 1,5km, segundo informações no site do Distrito Anhembi. Há relatos pelas redes sociais do evento, de pessoas que ficaram mais de 1 hora na fila, e que os portões foram abertos com pouca antecedência. Além das poucas opções de estacionamento nas imediações, algo que obrigava quem estava de carro a estacionar no próprio Anhembi, que além do Knotfest, contava com mais alguns eventos em outros locais do Distrito Anhembi, como o Pavilhão e Centro de Convenções. A cobrança neste estacionamento não era automatizada, então mesmo quem estava com as modernas tags de estacionamento, para utilizá-las, dependia do funcionário digitar a placa do veículo e aguardar o comprovante, algo que gerou imensa fila na entrada, além de pouca sinalização ao redor, o que fez com que muitas pessoas perdessem os primeiros shows, por conta do trânsito, onde não deveria ter.
Se apresentaram na primeira edição brasileira do Knotfest, por ordem: Black Pantera, Oitão + Jimmy & Rats, Project 46, Trivium, Vended, Sepultura, Mr Bungle, Pantera, Bring Me The Horizon, Judas Priest e Slipknot.
Os destaques vão para os veteranos do Judas Priest, que como sempre entregaram o melhor do heavy metal, num palco todo inspirado num cenário industrial e com Rob Halford ignorando seus 71 anos de idade, e provando ser um dos melhores frontmans e vocalistas do mundo, e pelo dream team do Mr Bungle, que além de Mike Patton, esteve com Scott Ian na guitarra e Dave Lombardo na bateria
Obs.: A banda Slipknot não autorizou nossa cobertura fotográfica, selecionando apenas 15 veículos específicos, e por este motivo não temos fotos da banda. Mesmo sabendo da qualidade e do profissionalismo dos fotógrafos que estavam trabalhando para o evento, optamos por não publicar nenhuma foto de divulgação deles.