L7 entrega show perfeito, rock raíz e sem firulas, no Carioca Club
Elas relembraram do Holywood Rock de 1993, ano em que dividiram o festival com Nirvana, Alice in Chains e Red Hot Chili Peppers
Foto: © Ale Frata/Live Images
São Paulo, 20/10/2023 – Carioca Club – O L7, uma das pioneiras do movimento feminista no cenário grunge estadunidense, se apresentou na capital paulista na noite desta sexta-feira (20), abrindo o final de semana dos paulistanos em grande estilo, com um show de rock simples e direto.
A banda formada por Donita Sparks, guitarras e vocais, Suzi Gardner, guitarras e vocais, Jennifer Finch no baixo e vocais e Demetra Dee Plakas na bateria incendiou o Carioca Club, com set list recheado de clássicos, fez o público delirar. Em determinado momento, a baixista Jennifer Finch perguntou quem assistia o show do L7 pela primeira vez, e muitos fãs se manifestaram, e na sequência perguntou quem tinha assistido a banda no Holywood Rock, tradicional festival que acontecia em São Paulo e Rio de Janeiro, que em 1993, além do L7, trouxe Red Hot Chili Peppers, Alice in Chians, Simply Red e Nirvana, que teve uma apresentação pra lá de polêmica, com Kurt Kobain ultrapassando todos os limites aceitáveis para um front-man. Foi uma edição histórica, principalmente para os fãs do grunge, que estava no auge pelo mundo inteiro.
A baixista Jennifer Finch, que também é fotógrafa, antes de entrar para o L7, teve seu trabalho fotográfico em exposição, onde retratou bandas como Red Hot Chili Peppers, Bad Religiom e The Cramps.
O L7 parou em 2000, retornando em 2014, e de lá pra cá não largou mais os palcos. Os fãs agradecem, e como presenciamos, retribuem à altura nas apresentações ao vivo. Os moshs são constantes e os seguranças da banda aparentemente sabem lidar muito bem com essa situação. Exceto por uma fã que aproveitou o momento pra pegar uma palheta de Donita que estava no pedestal, em todas outras situações esteve tudo aparentemente controlado. Jennifer Flinch até dançou com um fã, durante a apresentação. O show faz parte da The Best of South America Tour 2023.
PUNK ROCK TRADICIONAL
Antes do L7, se apresentaram dois clássicos do punk rock paulista. A banda Cólera abriu a noite, formada por Val Pinheiro no baixo, Fábio Belluci na guitarra, Wendell Barros nos vocais e Pierre Pozzi na bateria, e como não poderia ser diferente, homenagearam o seu antigo vocalista e fundador, Redson Pozzi, falecido em 2011, irmão de Pierre. Na década de 1990, Redson cantava também numa banda cover de The Cult, que costumava se apresentar na saudosa Woodstock da Rua da Consolação. Na sequência, subiram ao palco As Mercenárias, com Sandra Coutinho no baixo e vocais, Pitchu Ferraz na bateria e Silvia Tape na guitarra. Bibiana Graeff e Mayla Goerish fizeram participações especiais, e a mulherada deixou o público na medida certa para a apresentação eletrizante do L7. Uma noite para ficar na memória.