Plebe Rude comemora 40 anos com show em SP
Com letras de protesto, mais atuais do que nunca, a Plebe se apresentou na capital paulista e agradou
Foto: Ale Frata/Live Images/Código 19
São Paulo, 12/11/2021 • Carioca Club – Passava das 21h45 quando a movimentação por trás das cortinas anunciava que o show estava pra começar. Depois de um bom tempo sem se apresentar na capital paulista, por conta da pandemia e com a agenda de shows promocionais do novo álbum, adiada, era possível ver a ansiedade, tanto da banda como do público. Formada em 1981, na capital federal, a Plebe Rude sempre demonstrou e deixou claro em suas letras que é uma banda que protesta e faz isso muito bem, é só analisar músicas como Censura, Proteção, Brasília, Até quando esperar, afinal um dos questionamentos mais concisos do rock nacional vem desta última: “com tanta riqueza por aí, onde é que está? cadê sua fração?”.
A atual formação conta com dois integrantes fundadores, Philippe Seabra (guitarra e vocal) e André X (baixo), e juntos com Clemente Nascimento (guitarra e vocal) e Marcelo Capucci (bateria) fizeram o Carioca Club cantar, dançar, pular e relembrar o melhor do rock brasileiro dos anos 1980, afinal a Plebe foi fundada em 1981, teve alguns hiatos, mas chega em 2021 na melhor forma, com a força dos integrantes que se juntaram na estrada. Clemente Nascimento, que há 17 anos faz parte da Plebe, é famoso pelo seu trabalho junto aos Inocentes, uma das mais importantes bandas punk do cenário nacional.
Entre uma música e outra, a banda relembrou esses 40 anos que se passaram, e um fato curioso, contado pelo vocalista, é que há 38 anos, quando a Plebe veio pela primeira vez à São Paulo, foram recepcionados justamente pela banda Inocentes. Clemente até brincou, que se arrependeu, mas não tem mais o que fazer. Esse foi o clima do show, cheio de brincadeiras em cima do palco, interação com público, já que o Carioca Club permite esse tipo de show.
No set list, clássicos que não poderiam faltar como “Até quando esperar”, “Brasília”, “Minha renda”, “Este ano”, “Censura”, como observou o vocalista Philippe Seabra: “Tudo que a gente lutou contra, parece que virou lei”. Teve até música do Inocentes no set, Pátria Amada veio quase que num medley com a música Proteção, e também homenagem ao falecido Redson, vocalista do Cólera, antes do cover “Medo”, clássico da banda.
Ao apresentar a banda, Philippe brincou, dizendo que ele faz parte da Plebe há 40 anos e 45 segundos e André X há 40 anos e 1 minuto.
Tudo que a gente lutou contra, parece que virou lei”
Philippe Seabra
A casa não estava lotada, talvez pelas restrições da pandemia, com isso dava para circular sem maiores problemas, exceto pelo grande número de pessoas sem máscara, o que rendeu um comentário bem pertinente do vocalista Philippe Seabra: “O negócio está passando, mas ainda é cedo para tirar a máscara” .
A banda tinha apresentação marcada para Brasília, no sábado (13), na 1ª Feira de Artesanato e das Flores e dia 20 será a vez de Campinas, no interior de São Paulo, a Plebe se apresenta no Shopping Parque Dom Pedro, com entrada franca. Imperdível!
SET LIST
- EVOLUÇÃO
- BRASÍLIA
- JOHNNY VAI À GUERRA
- ANOS DE LUTA
- LUZES
- A SERRA
- AMÉRICA
- BRAVO MUNDO NOVO
- O QUE SE FAZ
- ESTE ANO
- A MESMA MENSAGEM
- A IDA
- 68
- CENSURA
- SEXO E KARATÊ
- MEDO (Cover Cólera)
- MINHA RENDA
- BABA O’RILLEY
- ATÉ QUANDO ESPERAR
- MAIS RAIVA DO QUE MEDO
- PRESSÃO SOCIAL
- PROTEÇÃO
- PÁTRIA AMADA (Cover Inocentes)
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