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Maria Bethânia celebra Rita Lee, Erasmo e Gal em show emocionante em SP

Na noite de sábado (9), cantora fez show esgotado, no Espaço Unimed, na capital paulista

Foto: © Ale Frata / Live Images

São Paulo, 09/03/2024 – Espaço Unimed – Maria Bethânia emocionou o público, na noite de sábado, no Espaço Unimed, em São Paulo. A cantora está encerrando a elogiada turnê Fevereiros, que acompanha um documentário homônimo e viajou o Brasil, além de passar pela Europa.

Se apresentando em um final de semana com ingressos esgotados, Bethânia subiu ao palco, às 21h15. O visual marcante da diva hipnotizou os fãs logo de cara; exibindo uma roupa azul brilhante, os longos cabelos brancos e os pés descalços. Assim, ela soltou o vozeirão na canção Gema

Maria Bethânia encerra a tour Fevereiros em SP. Fotos: © Ale Frata /Live Images

Em seguida, o público vibrou com a versão poderosa para Um Índio, sucesso do irmão Caetano Veloso. Recentemente, Bethânia e Caetano anunciaram uma turnê juntos para este ano. Imperdível. 

Além de ser uma intérprete notável, a artista sempre foi conhecida pela escolha minuciosa de repertório, pinçando novos compositores ou resgatando tesouros musicais. Entre os compositores que marcaram época na voz de Bethânia, está Gonzaguinha, que surgiu no show em hinos da MPB, como Explode Coração e O que É o que É.

O incrível Belchior foi incorporado em Galos, Noites e Quintais — um rock´n´roll gravado nos anos 70 pelo ídolo cearense.

Já os artistas mineiros apareceram celebrados na balada Amor de Índio, hit de Beto Guedes, que ganhou uma roupagem de tirar o fôlego.

Bethânia tem uma longa carreira repleta de sucessos, então fica até difícil dizer quais foram os destaques ou quais foram as canções que faltaram no espetáculo. Mas, de qualquer forma, os fãs cantaram em coro as dramáticas Negue e Cálice, além das belíssimas Fera FeridaAbelha RainhaYayá Massemba e Gostoso de Mais

No decorrer do show, Bethânia prestou homenagens aos eternos amigos Erasmo Carlos, Gal Costa e Rita Lee, ambos falecidos mais recentemente. Primeiro, a cantora pediu uma salva de palmas para Gal, enquanto o telão mostrou uma foto das duas amigas se abraçando. Já o Tremendão surgiu na interpretação de Pode Vir Quente que Eu Estou Fervendo. Mais adiante, durante o hit Baila Comigo, de Rita Lee, o fundo do palco deu espaço a uma imagem da roqueira beijando o rosto da baiana. O nome de Rita ainda surgiu na sequência, em meio a letra da certeira Sampa, de Caetano. Emocionante.

Bem humorada, Bethânia dançou e conversou com a plateia. Ela disse que havia começado a turnê Fevereiros em São Paulo e agora estava feliz em encerrar os trabalhos na capital paulista. 

A banda que acompanhou a artista também chamou a atenção, trazendo na formação João Camarero (violão), Jorge Helder (baixo), Paulo Dáfilin (viola e violão), Marcelo Caldi (piano) e Lan Lanh (percussionista conhecida por ter integrado a banda de Cássia Eller).

Para finalizar a noite, a baiana mostrou sua versão de Está Escrito, dos pagodeiros do Grupo Revelação. E, no bis, ela fez um pot-pourri de Carnaval, misturando marchinhas, como Ala-la-ô e frevos gravados pelo mano Caetano; Chuva, Suor e Cerveja e A Filha de Chiquita Bacana

No domingo, Maria Bethânia fez uma data extra no mesmo local e os ingressos também estavam esgotados.

Texto: Daniel Vaughan

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